O produto
final das rotas metabólicas em nosso organismo é, basicamente, a formação de
uma molécula chamada de ATP. Com a quebra desta molécula é liberada a energia
que necessitamos para executar, entre outras coisas, os exercícios físicos.
Esta molécula precisa ser constantemente regenerada. A maneira mais rápida para
que isto aconteça é através da energia liberada pela quebra de outra molécula,
conhecida como CP (creatina-fosfato).
Aproximadamente
95% da creatina fosforilada (CP) é encontrada em nossos músculos. A creatina orgânica
pode ter de duas fontes. Ela pode ser sintetizada pelo próprio organismo, a
partir de três aminoácidos, ou através dos alimentos, mais especificamente das
carnes.
A maioria
dos estudos demonstram que que a suplementação possa aumentar a quantidade
orgânica de creatina de 10 a 20%, podendo chegar até 50% em pessoas
vegetarianas.
A creatina
não é considerada doping pelo Comitê Olímpico Internacional e tem se mostrado efetivo
na melhoria do desempenho esportivo, porém, em condições específicas de
exercício, principalmente em modalidades de curta duração, alta intensidade e
períodos curtos de recuperação, como é o caso da musculação.
Este
efeito se deve ao aumento dos níveis musculares de creatina, o qual pode potencializar
a regeneração do ATP.
Vale ressaltar
que não existem, ainda, evidências conclusivas sobre efeitos colaterais de seu
uso e que a suplementação é mais efetiva
naqueles indivíduos cujos níveis iniciais deste composto são mais baixos,
como é o caso dos vegetarianos e idosos.
Devido ao
fato da produção orgânica de creatina diminuir com o tempo, quando se faz a
suplementação, não é aconselhável o consumo por longo tempo. Recomenda-se um
período de 1 mês sem consumo de creatina, após 3 meses de suplementação contínua.
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