Com o avanço das pesquisas no campo da engenharia genética, a clonagem tornou-se uma possibilidade real. Já se clonou cavalo, ovelha, vaca...
Independente das complicações biológicas e implicações éticas, hoje em dia, já é possível se ver clones humanos. Mas como isso é possível?
Com o avanço da medicina estética e da cosmetologia, as mulheres estão cada vez mais parecidas. Além da obrigação de se ter um corpo magro, existe um padrão normatizado como ideal que é, entre outras coisas, de seios fartos, cintura fina, cabelo e olhos claros.
Segundo a última pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, no ranking das intervenções cirúrgicas mais realizadas estão a lipoaspiração e o implante de silicone nos seios, com percentuais de 54% e 32%, respectivamente, do total de cirurgias.
O corpo, como hoje conhecemos, é produto de uma construção histórica, influenciado por intervenções culturais que sobre ele recaem. A busca pelo enquadramento a padrões aceitos, reflete a necessidade das mulheres de serem valorizadas. Esta valorização está ligada à beleza ou o que se convenciona como belo, levando em consideração o desejo e a aceitação de um determinado corpo, tendo o seu significado mais forte na aprovação ou desaprovação dentro da sociedade.
Pensar no corpo como algo que é produzido historicamente em diferentes culturas, sociedades, tempos e espaços é não só um desafio, como uma real necessidade.
Devemos ter cuidado pois esta insatisfação com o aspecto físico, pode estar sinalizando a possibilidade de conflitos internos pautados por questões existenciais, frustrações, desejos não correspondidos...
O problema é que a sociedade impõem padrões de uniformidade, e nega as mulheres o aspecto da singularidade, fixando padrões inatingíveis para maioria. Esta aparência, incorpora valores que faz a mulher transcender de uma situação de consumidora e passa, por vezes, a ser o próprio objeto de consumo.
Reconhecer que somos seres únicos, cada um com suas peculiaridades é de fundamental importância para que possamos conhecer a nós mesmos, sendo um passo importante em busca da real felicidade.