Quando ingerimos algum tipo de carboidrato, o nível de glicose circulante no sangue tende a subir. O pâncreas recebe então sinais para produzir e liberar insulina no sistema circulatório. A insulina então passa a agir, facilitando o transporte da glicose para dentro das células.
Diabetes é uma disfunção do metabolismo dos carboidratos, que se caracteriza por um alto índice de glicose no sangue (hiperglicemia). Ela se desenvolve quando existe uma produção inadequada de insulina pelo pâncreas ou por uma dificuldade das células do corpo em utilizar a insulina adequadamente, ou seja, as células desenvolvem uma resistência a ação da insulina.
A hiperglicemia prolongada pode fazer com que a glicose ligue-se às membranas dos tecidos, provocando danos teciduais.
A diabetes pode se apresentar de duas formas:
Diabetes tipo l é caracterizada pela incapacidade do pâncreas em produzir e secretar a insulina. Ela normalmente se manifesta precocemente, sendo assim, denominada diabetes juvenil.
Diabetes tipo ll é a forma mais comum do diabetes, com 90% de incidência no total da população com diabetes. Ocorre geralmente em fases mais avançadas da vida. Este tipo de diabetes se caracteriza pela incapacidade do pâncreas em secretar insulina adequadamente ou na capacidade reduzida das células de responderem à ação da insulina.
A manifestação do diabético tipo ll está normalmente associada à aumentos da gordura corporal.
O exercício físico é uma condição que se caracteriza por um significativo aumento no consumo de glicose pelo músculo, que pode se manter por até 48 horas após o exercício, em indivíduos não-diabéticos ou diabéticos tipo ll.
Quando a musculação é utilizada com intensidades adequadas ocorre uma melhor resposta nos indicadores de diabetes. Principalmente pela eficiência em promover o ganho de massa muscular e perda de gordura corporal, fatores que contribuem com a captação de glicose .
A musculação pode tornar-se uma grande aliada pois, além de auxiliar no controle do próprio diabetes, pode proporcionar melhoria de diversos fatores, como: redução da gordura corporal, aumento da força, resistência e melhora da massa muscular. Com isso, ocorre uma melhora na auto-estima e, principalmente, uma diminuição na probabilidade da instalação de doenças associadas ao diabetes, como a hipertensão, hipercolesterolemia e doenças coronarianas.
Neste sentido, o treinamento de força de alta intensidade é uma ótima opção para prevenção e o tratamento do diabetes.
O tipo, frequência, intensidade e duração do exercício recomendado dependem da idade, do grau de treinamento prévio, do controle metabólico, e da presença de complicações específicas da doença.
Prof. Gil - Academia FW