O comer pode ser influenciado por mecanismos extraordinariamente complicados que agem a nível molecular, assim como, por fatores socioculturais e emocionais.
Durante o período que antecipa a chegada do alimento, os níveis de serotonina se elevam, chegando ao pico durante a refeição, especialmente em resposta a ingestão de carboidratos. A serotonina estabelece um dos elos entre o alimento e o humor, assim, o aumento deste neurotransmissor é uma provável explicação para os efeitos de melhora do humor ao comermos um chocolate, por exemplo. "Ficou com água na boca!?"
Este efeito dos carboidratos sobre o humor é observado, particularmente, durante períodos de estresse.
Por vezes, diante de dificuldades emocionais, comemos para não confrontar, não pensar e também não sentir. Acabamos utilizando, nestes momentos, o alimento como uma “muleta”, na qual precisamos nos apoiar, passando este, a representar uma grande alternativa para encobrir insatisfações e frustrações que a vida, por vezes, nos impõe.
Existe uma forte relação entre o alimento e vários momentos festivos, como casamento, aniversário, natal etc. Estes momentos estão associados, normalmente, a sentimentos alegres e prazerosos, então, nada mais natural que ligar o ato de comer a tais sentimentos.
A mídia acaba tendo uma influência muito grande em nossos impulsos alimentares, pois ela cria desejos e nos incita a satisfazê-los com os produtos que ela oferece, tornando-nos reféns de “nossa própria” vontade.
Quando comemos, a busca nem sempre é, somente, pelo alimento em si. Somos, invariavelmente, movidos pela satisfação de nossos desejos sejam eles primários ou não. A procura pelo alimento que deveria ser, basicamente, a busca do satisfazer, torna-se ainda, a busca pelo prazer, na medida em que, este alimento se fundamenta como uma fonte de agradáveis sensações.