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Hipertrofia: número ideal de repetições



Nos últimos anos, a musculação tem sido muito difundida e utilizada para os mais variados fins, como na promoção de saúde, estética, reabilitação de lesões musculares e melhora do desempenho físico. Mas, algumas dúvidas permeiam as mentes de seus adeptos. Qual seria a quantidade ideal de repetições por série de cada exercício, para se atingir altos níveis de hipertrofia muscular?

Na realidade não existe um número certo ou uma forma única de se trabalhar. Quando pensamos em hipertrofia, devemos ter em mente que ela está relacioada a quantidade total de proteínas degradadas durante a sessão de treinamento.

Vamos entender melhor!  A musculação voltada para hipertrofia deve gerar tensão nas fibras musculares, fazendo com que ocorra uma degradação (quebra das ligações internas) destas fibras, gerando assim um processo inflamatório local, conhecido como micro-lesão. Essa condição, após o treino, é invertida, levando a síntese protéica. Essa síntese é o preenchimento dos locais degradados com novas proteínas específicas, um pouco além do que existia antes. Sendo esse o mecanismo básico para o aumento estrutural da fibra muscular.


A quantidade de proteínas degradadas depende da taxa de degradação, que está relacionada diretamente com a intensidade do exercício (peso levantado) e do trabalho macânico, que relaciona-se com o volume de trainamento (número de repetições).
                                            
Isto significa dizer que, quando utilizamos cargas extremamente altas, com as quais se pode fazer um mínimo de repetições, há uma elevada taxa de degradação, mas um trabalho mecânico muito baixo, fazendo com que haja uma baixa quantidade de proteínas degradadas. O mesmo acontece quando utilizamos cargas muito baixas, que nos permitam fazer um elevado número de repetições, pois teremos um alto trabalho macânico, mas uma taxa de degradação muito baixa, incorrendo também em menor quantidade de proteínas degradadas.

Nos dois casos citados acima, o resultado é uma baixa quantidade proteínas degradadas, trazendo como consequência níveis de hipertrofia reduzidos. Além disso, a intensidade pode ser modificada pelo intervalo da descanço, enquanto o volume poe ser alterado pela velocidade de execução do movimento.

O efeito máximo, quando pensamos em hipertrofia, é alcançado com cargas intermediárias. Na realidade existe uma grande variedade de combinações de séries/repetições que podem ser usada.

Vários autores apontam que um tempo de contração, para cada série, deve ficar entre 40 a 60 segundos, com repetições durando entre 4 e 6 segundos. Estes tempos seriam indicados para compor a maior parte da elaboração dos treinamentos de hipertrofia.

Com isso o número de repetições ficariam entre 8 e 12, o que é comumente adotado.


O que deve ficar bem claro é que em cada série as repetições devem ser feitas até a falha, recrutando-se assim o número máximo de fibras musculares. Para tanto, a carga (peso) deve ser adequado para que isso ocorra dentro do número de repetições estabelecido pelo programa de treinamento. 

Prof. Gil - Academia FW
Saúde em alta performance


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