Composição
A composição química das folhas de chá verde é bem complexa, possuindo 15-20% de proteínas, 26% de fibras, 7% de outros carboidratos, 7% de lipídios, 2% de pigmentos, 5% de minerais e 30% de compostos fenóliocos.
Diversos compostos ativos são responsáveis pelos possíveis benefícios do chá verde, dentre eles: compostos alcalóides conhecidos como metilxantinas (cafeína, teobromina e teofilina), pigmentos (clorofila e carotenóides), alguns ácidos fenólicos (ácido gálico), a teanina (aminoácido mais abundante na folha e que desempenha propriedades importantíssimas) e principalmente compostos fenólicos conhecidos como polifenóis (flavanóis, flavandióis, e flavonóides), que são substâncias antioxidantes.
Os polifenóis evitam a ação destrutiva das moléculas de radicais livres que degeneram as células, auxiliando no combate ao câncer, ao envelhecimento e na queima de gorduras. O chá verde também é rico em tanino que faz diminuir as taxas do LDL (colesterol ruim) e fortalece as artérias e veias favorecendo a prevenção de doenças cardíacas e circulatórias.
Preparação
A preparação do chá verde difere um pouco dos chás tradicionais. A água não deve estar fervendo, pois do contrário as folhas acabam sendo cozidas e proporcionando um gosto amargo à bebida. O tempo de infusão também não deve ser maior que 3 minutos.
Alerta
Um dos principais cuidados em relação a essa bebida é a existência de cafeína em sua composição. A substância, também presente no café, pode aumentar a pressão arterial e causar problemas como taquicardia, dor de cabeça e náuseas.
Como acelera o metabolismo, o chá verde não são indicados para pessoas com problemas cardíacos ou hipertensos. Também devem ser evitados por grávidas e lactantes. Casos de insônia, gastrite, problemas renais, hipertireoidismo, ansiedade e taquicardia são incompatíveis com o chá.
Indivíduos com deficiência de ferro no organismo também devem evitar o chá. Ele contem tanino, substância que inibe a absorção do mineral".
Considerações
Os mecanismos moleculares pelos quais o chá verde exerce seu efeito parecem ser variados, atualmente acredita-se que o aumento da termogênese e da oxidação lipídica, diminuição da diferenciação de adipócitos (células que armazenam gordura), morte celular de adipócitos maduros e redução da absorção lipídica podem estar envolvidas no processo de emagrecimento.
Entretanto mais estudos são necessários para comprovar os reais efeitos fisiológicos das substâncias contidas no chá verde, bem como para estabelecer normativas a respeito da dosagem, frequência de consumo e modo adequado da preparação.
Estudos realizados têm apontado para o potencial do chá verde e de suas catequinas no emagrecimento, entretanto os resultados até o presente momento são modestos e algumas vezes contraditórios. Alguns estudos também apontam para um possível efeito sinérgico do consumo de chá verde e a prática de exercícios físicos, e que certamente será potencializado com uma alimentação bem equilibrada.
Baseado na literatura atual e na pequena quantidade de estudos disponíveis, não é possível concluir que o chá verde sozinho pode alterar os parâmetros antropométricos e favorecer o emagrecimento.
Apesar de mais estudos serem necessários, até o presente momento o chá verde parece ser um alimento seguro e economicamente viável, e que o consumo regular pode auxiliar no tratamento da obesidade e de diversas patologias.
Prof. Gil - Academia FW
Saúde em alta performance